“Faria tudo de novo!” Esta expressão foi pronunciada (e tem sido reiterada) pelo ex-governador e atual senador Confúcio Moura, referindo-se às onze áreas de proteção que estabeleceu em Rondônia ao final de seu mandato.
Em particular, falou sobre a região denominada “Soldado da Borracha”, onde vivem várias famílias que produzem. Ele declarou de forma contundente: “ali é um Parque Ecológico”.
Explicou que “a área foi destinada aos antigos seringueiros para preservar a floresta, permitindo a extração de madeira e o reflorestamento. Os indivíduos foram lá, trouxeram o trator e desmatam tudo!”. Ele ainda acrescentou que “não há como regularizar a situação, pois ali é um Parque Ecológico”. Após fazer outros comentários sobre o assunto em uma conversa com o apresentador e jornalista Everton Leoni, no programa SIC NEWS da SICTV/Rondônia, recentemente, Confúcio previu, com precisão: “Não existe solução. Aqueles que estão dentro das reservas precisam sair”!
Essas ações são a razão principal pela qual o ex-governador, atualmente senador, que participou de 10 eleições e saiu vitorioso em oito delas (as duas derrotas ocorreram apenas no começo de sua trajetória política), está enfrentando uma forte rejeição de uma grande parte da população de Rondônia, especialmente das milhares de famílias ligadas ao agronegócio.
E Algumas iniciativas práticas estão sendo tomadas em busca de soluções para os produtores que correm o risco de perder tudo. Uma delas: através de um vídeo, ainda enquanto se encontrava em Israel, aguardando a reabertura do espaço aéreo para retornar a Rondônia, o governador Marcos Rocha assegurou que, assim que chegasse, trataria da questão relativa à área dos “Soldados da Borracha”.
Outras duas iniciativas práticas surgiram da Assembleia Legislativa. A primeira consiste em uma nova lei que altera as decisões vigentes para proteger os direitos daqueles que ocupam a terra há muitos anos, apesar de já ter sido contestada pelo Ministério Público Federal. A segunda (e essa é inquestionável!) foi a criação de uma CPI que revelou várias irregularidades na implementação das onze áreas de preservação feitas por Confúcio, com relatórios já enviados ao Ministério Público e ao Judiciário. Se as investigações solicitadas pelos deputados estaduais forem adiante, pode ocorrer até o cancelamento dos decretos devido a uma série de ilegalidades neles contidas. No entanto, isso é, sem dúvida, uma tarefa complicada, dada a posição do governo federal, que, em casos relacionados a questões ambientais, prioriza as árvores em detrimento dos habitantes da região, além das ONGs internacionais que, com a anuência direta da ministra Marina Silva, decidem o futuro da Amazônia e do seu povo.
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