Neste domingo, 13 de julho de 2025, o Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO) realizou uma fiscalização abrangente em diversos hospitais gerenciados pelo Governo do Estado.
Hospitais Estaduais de Rondônia: E revelando uma série de deficiências estruturais alarmantes, ausência de profissionais e escassez crítica de insumos. Esta ação faz parte das Fiscalizações Permanentes na Saúde, cujo objetivo é aprimorar tanto o atendimento à população quanto as condições de trabalho nas unidades de saúde.
As equipes de auditoria visitaram instituições importantes, como o Pronto-Socorro João Paulo II, o Hospital de Base Ary Pinheiro, o Hospital Infantil Cosme e Damião e o Cemetron. Durante as visitas, os auditores entrevistaram profissionais da saúde e coletaram diversas evidências, incluindo registros fotográficos e documentos que sustentam os problemas encontrados. Os gestores estaduais foram notificados imediatamente sobre as irregularidades detectadas.
No Pronto-Socorro João Paulo II, a superlotação foi um dos principais problemas observados.
Pacientes estavam sendo internados em corredores devido à falta de leitos disponíveis. Além disso, a infraestrutura do hospital apresentava sérios problemas, como infiltrações, banheiros em condições precárias e mobiliários improvisados. O equipamento de raio-X, crucial para diagnósticos rápidos, estava inoperante — uma situação que já havia sido reportada à direção da unidade dois dias antes da fiscalização. A equipe também encontrou falhas na limpeza, com uso inadequado de panos coletivos para higienização das mãos e carência de insumos básicos.
No Hospital Infantil Cosme e Damião, os auditores identificaram a ausência de servidores durante os plantões, além de equipamentos sem manutenção adequada. Os aparelhos de ar-condicionado não estavam funcionando — uma questão que já havia sido levantada em fiscalizações anteriores — e a unidade também enfrenta superlotação. Entretanto, o relatório destacou positivamente a limpeza geral e o esforço das equipes de enfermagem.
O Hospital de Base Ary Pinheiro apresentou uma grave irregularidade: a falta de profissionais suficientes para atender às demandas dos pacientes.
No Centro de Obstetrícia, a classificação de risco estava suspensa devido à escassez de pessoal, resultando em pacientes em trabalho de parto aguardando nos corredores. A UTI Neonatal também operava com equipe reduzida. Entre os problemas estruturais identificados estão vazamentos, ausência de sala para recuperação pós-anestésica e banheiros inadequados. Faltam insumos básicos e medicamentos essenciais como luvas, gazes e seringas.
No Cemetron, foi constatado que apenas um aparelho de gasometria estava funcionando corretamente. Outros equipamentos apresentavam falhas constantes e estavam alocados em corredores expostos ao tempo. A unidade também enfrentava quedas frequentes no fornecimento elétrico e carecia de reagentes laboratoriais adequados.
O abrigo destinado aos resíduos era utilizado como depósito inadequado.
Diante das constatações alarmantes do TCE-RO, ficou evidente que a gestão estadual precisa adotar providências imediatas para garantir a segurança assistencial nas unidades hospitalares. O cumprimento dos protocolos estabelecidos e a preservação da infraestrutura são essenciais para proporcionar um atendimento digno à população.
As informações coletadas durante as fiscalizações servirão como base para os encaminhamentos institucionais do TCE-RO na busca por melhorias nas políticas públicas voltadas à saúde no estado. É fundamental que a sociedade se mantenha atenta aos desdobramentos dessas ações e cobre soluções efetivas que garantam um sistema de saúde mais eficiente e humano para todos os rondonienses.
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