segunda-feira , 24 março 2025
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O governo de RO aumenta a supervisão e a gestão da enfermidade de Chagas no estado, apresentando progressos notáveis.

O governo de RO aumenta a supervisão e a gestão da enfermidade de Chagas no estado, apresentando progressos notáveis

O governo de Rondônia tem aumentado as medidas para monitorar e controlar a doença de Chagas em todas as regiões do estado, especialmente devido a informações que mostram a continuidade do risco de contágio através de vetores e surtos causados por contaminação alimentar. Segundo a Agência Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia (Agevisa/RO), entre 2020 e 2024, foram reportados 360 casos suspeitos, com 90 apenas em 2024, que foram registrados e investigados em seres humanos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).

Conforme as informações, foram verificados sete casos confirmados nos seguintes municípios:

Jaru (1);
Ji-Paraná (1);
Machadinho do Oeste (1);
Ouro Preto do Oeste (1);
Pimenta Bueno (1); e
Porto Velho (2).
CONTROLE DE EPIDEMIAS

A vigilância eco-epidemiológica desempenha um papel essencial na prevenção e controle de surtos e epidemias. Entre os municípios que passaram por investigação, Porto Velho, São Felipe d’Oeste e Machadinho d’Oeste foram os mais analisados. Em 2024, um total de 381 amostras de triatomíneos (insetos transmissores da doença) foram enviadas para análise taxonômica e teste de infectividade por 22 dos 52 municípios de Rondônia. Destes, 15 municípios apresentaram insetos infectados com o protozoário Trypanosoma cruzi, agente causador da doença, que são: Cacoal, Campo Novo, Governador Jorge Teixeira, Jaru, Mirante da Serra, Monte Negro, Ouro Preto do Oeste, Pimenta Bueno, Porto Velho, Rio Crespo, São Felipe d’Oeste, Teixeirópolis, Theobroma, Urupá e Vale do Anari.

AÇÕES

Por meio do fortalecimento das atividades de vigilância, diagnóstico precoce e capacitação, o governo de Rondônia avança na luta contra a doença de Chagas, visando salvaguardar a população e mitigar os riscos de novos casos. O coordenador do programa, José Maria Silva Nobre, enfatizou que o relatório de 2024 apontou a importância da melhoria na qualidade dos dados e a conscientização dos municípios que apresentam poucas notificações, mas que são altamente vulneráveis. “É fundamental aprimorar a educação em saúde voltada para diagnóstico e tratamento, além de organizar as linhas de cuidado integrando vigilância e atenção primária,” afirmou.

O diretor-geral da Agevisa/RO, Gilvander Gregório de Lima, mencionou várias iniciativas em curso: a criação de materiais educacionais, capacitações nos municípios, a elaboração de notas técnicas para a organização da rede de atenção e a inserção do Dia Mundial da Doença de Chagas no calendário de eventos da Agência. Além disso, medicamentos e insumos foram descentralizados para as regionais de saúde do estado, garantindo um estoque estratégico.

POSTO DE IDENTIFICAÇÃO

Informações sobre como capturar corretamente o barbeiro e um mapa para localizar um Posto de Identificação de Triatomíneos (PIT) a fim de entregar o inseto estão disponíveis no Portal da Doença de Chagas, acessível pelo link https://chagas.fiocruz.br/blog/achou-um-barbeiro/.

PREVENÇÃO

A detecção antecipada é uma das ações mais importantes para controlar a doença, sendo que a identificação do Trypanosoma em lâminas de gota espessa é um método que se destaca por sua simplicidade, custo acessível e alta precisão. Entre os anos de 2020 e 2024, 42,86% dos casos confirmados foram diagnosticados utilizando esta técnica.

Na fase crônica, a identificação pode ser realizada através de métodos sorológicos. A suspeita da doença de Chagas nesta fase também é pautada na análise da história epidemiológica e nos sintomas clínicos apresentados.

A Agevisa/RO enfatiza a importância de aumentar a vigilância eco-epidemiológica, considerando a presença de triatomíneos nativos que podem colonizar residências e de animais que hospedam o protozoário. A proximidade frequente da população com esses ambientes na região Norte aumenta o risco de transmissão tanto vetorial quanto oral por meio de alimentos contaminados, como açaí e caldo de cana.

CAPACITAÇÃO

Para qualificar os profissionais de saúde, ocorre uma divulgação contínua sobre o curso relacionado à doença de Chagas na atenção primária, que é oferecido pela Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS) em cooperação com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). As informações sobre a oferta estão disponíveis, com inscrições abertas até 31 de março, pelo link https://www.unasus.gov.br/cursos/curso/46776.

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