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Vereadora Paula Rodrigues e Presidente Trocam Acusações em Sessão Conturbada

Vereadora Paula Rodrigues e Presidente Trocam Acusações em Sessão Conturbada
Vereadora Paula Rodrigues e Presidente Trocam Acusações em Sessão Conturbada

Cujubim, RO – Julho de 2025:  Clima Tenso na Câmara de Cujubim.  Vereadora Paula Rodrigues e Presidente Trocam Acusações em Sessão Conturbada.

 

Vereadora Paula Rodrigues e Presidente: Na última semana, a Câmara de Vereadores de Cujubim foi palco de um acalorado embate político entre a vereadora Paula Rodrigues e o presidente da Casa Legislativa.

A tensão, que já vinha se acumulando nos bastidores, veio à tona após a não realização de uma sessão extraordinária marcada para o dia 10 de julho, e ganhou proporções públicas com trocas de acusações durante a sessão subsequente.

A vereadora Paula Rodrigues, em um discurso contundente e emocional, usou a tribuna para manifestar sua indignação diante de declarações feitas pelo presidente da Câmara em grupos de WhatsApp e durante pronunciamentos internos. “Eu não sou surda, eu não sou muda e meu pai criou uma mulher de coragem”, iniciou Paula, destacando que sua fala não era motivada por boas notícias, mas por respeito e pelo compromisso com seus princípios.

Segundo Paula, a sessão extraordinária foi proposta pela vereadora Renata com o intuito de limpar a pauta da Casa.

Contudo, o projeto dos psicólogos, que seria um dos pontos mais relevantes, só foi protocolado no dia 9, véspera da reunião, inviabilizando sua análise dentro do prazo. Paula afirma que, diante da ausência de projetos prioritários como este e outros, incluindo o projeto dos tubos de 2018, a decisão dos vereadores em não comparecer não foi boicote, mas sim coerência legislativa.

O episódio que mais revoltou a parlamentar, no entanto, foi a fala do presidente, que teria classificado os vereadores ausentes como “meninos buchudos”, sugerindo que a ausência foi motivada por razões pessoais. “Isso é mentira. Nós temos responsabilidade com a população e com essa Casa. Todos aqui receberam um diploma dado por Deus e pela população”, disparou Paula, visivelmente incomodada com o tom desrespeitoso do presidente.

Ela ainda criticou a postura do presidente em tratar o grupo de parlamentares como subordinados, além de rechaçar insinuações feitas em grupos de WhatsApp sobre sua intenção de disputar a presidência da Câmara.

“Não quero ser presidente, mas nenhum presidente governa essa Casa sem o apoio dos oito vereadores. O presidente tem que respeitar os parlamentares, especialmente as mulheres. Aqui somos só duas entre sete homens”, afirmou, exigindo igualdade de tratamento.

Em resposta, o presidente da Câmara usou seu tempo de fala para rebater duramente as acusações. Rejeitou veementemente que suas declarações tivessem conotação de gênero e alegou que sempre respeitou a vereadora. “A senhora foi mentir no grupo de WhatsApp falando do projeto dos psicólogos. Quem segurou esse projeto fui eu, e isso é uma prerrogativa minha”, afirmou, criticando o que chamou de tentativa de manipulação da opinião pública.

Durante sua fala, o presidente acusou Paula Rodrigues de “perseguir funcionários” e afirmou que há denúncias contra ela no Ministério Público com áudios comprobatórios. Ele ainda disse que a vereadora age mais como funcionária da prefeitura do que como representante do Legislativo. “A senhora está querendo se aparecer no município de Cujubim. A senhora está agindo como se fosse prefeita, mas aqui a senhora é vereadora. Respeite essa Casa.”

O tom da resposta foi igualmente agressivo, com o presidente reiterando que suas falas não tinham relação com o fato de Paula ser mulher.

“Podia ser um negão do tamanho do mundo, eu falaria do mesmo jeito. Aqui não tem esse negócio de vitimismo não, tem que falar a verdade.”

O embate escancarou as fissuras dentro da Câmara de Vereadores de Cujubim, revelando uma crise de comunicação e de respeito mútuo entre seus membros. De um lado, Paula Rodrigues exigiu respeito e reafirmou sua autoridade como parlamentar. Do outro, o presidente tentou reafirmar sua prerrogativa de comando sobre a pauta legislativa e expôs divergências pessoais e políticas com a vereadora.

A crise deixa claro que há um racha interno entre os parlamentares da base e do grupo independente, que vai além de divergências sobre pautas. A presença de ataques pessoais, menções a denúncias e o uso de grupos de WhatsApp para deslegitimar adversários são sinais de que o clima institucional na Câmara está comprometido.

O episódio também levanta um debate mais amplo sobre o respeito às mulheres na política, especialmente em ambientes ainda predominantemente masculinos.

A cobrança de Paula por igualdade de tratamento e reconhecimento da sua condição de autoridade é um alerta para o necessário avanço das práticas políticas, sobretudo no trato público e institucional.

Por fim, fica evidente que a Câmara de Cujubim precisará passar por um processo de diálogo e reconstrução de confiança interna para voltar a funcionar de maneira harmônica e efetiva, voltada aos interesses da população e não a disputas de ego. A população, que acompanha atentamente esses embates, aguarda por maturidade política e foco nas verdadeiras demandas do município.

Redação: Jornalista Lapyerre – DiarioPopularRO

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